Como nós escutamos música?

Ouvir música todo mundo gosta. Os ritmos e gêneros musicais variam de pessoa a pessoa, mas a sensação de ouvir uma bela melodia é universal. Mas como que nós realmente escutamos as coisas?

Bom, pra começar, o que o consideramos como SONS – incluindo a música – nada mais são do que vibrações que se propagam no ar, como se fossem ondas em uma piscina. Essas vibrações podem ser feitas por inúmeras coisas: a vibração das cordas de um violão, das cordas vocais de um cantor ou da membrana de um alto-falante.

Essas vibrações no ar viajam até nós como uma onda e fazem vibrar o ar dentro do canal do ouvido, onde é amplificada como em uma concha acústica, e a oscilação é transmitida ao tímpano. Lá, essa oscilação faz vibrar uma membrana, chamada de membrana timpânica, que por sua vez vibra o osso Martelo, este vibrando o osso Bigorna que por fim faz vibrar o osso Estribo. Esses ossículos (pequenos ossos) agem como amplificadores dessas vibrações.

A vibração do osso Estribo faz com que mais uma série de membranas oscilem – membrana cóclea, basilar e tectória. Essa última membrana que, por fim, ao ser estimulada, gera impulsos nervosos, que serão transmitidos pelos nervos auditivos ao córtex cerebral, onde estas vibrações serão “decodificadas” no que reconhecemos como som.

Nesse caso, o processo é parecido com um alto falante, só que na direção contrária. Invés do arquivo de áudio (por exemplo MP3) ser convertido em oscilações da membrana do alto falante, essa por sua vez fazendo o ar vibrar, temos o inverso: a vibração do ar entra no nosso ouvido e faz as nossas membranas oscilarem, e é essa oscilação que será transformar em sinais nervosos e decodificada em sons.

E é por isso que devemos evitar ruídos altos, por longos períodos de tempo. A nossa capacidade auditiva é possível graças a pequenos ossos e membranas na parte interna do ouvido. Barulhos altos fazem esses ossos e membranas se desgastarem desnecessariamente e aceleram o seu processo de degradação.

A perda de um pouco da capacidade auditiva é natural do processo de envelhecimento, mas ouvir barulhos altos constantes podem acelerar esse processo em anos ou até décadas!

Sendo assim, curta a música com moderação hoje, para poder continuar curtindo-a por muito mais tempo no futuro!