Como surgiu a guitarra elétrica?
A guitarra elétrica é um instrumento musical pertencente à família das cordas e que tem o som amplificado eletronicamente, ou seja, o som é produzido manualmente pela vibração das cordas como na guitarra acústica, mas é transformado em sinal elétrico devido a ação de captadores magnéticos, que o direcionam a um amplificador, onde é transformado novamente em som, porém mais potente. Mas afinal de contas, como surgiu esse instrumento?
Um dos nomes mais famosos na história da guitarra elétrica é Les Paul que, além de guitarrista, foi um pioneiro no desenvolvimento do instrumento, com sua parceria com a Gibson produzindo uma linha de guitarras que se tornou histórica: Gibson Les Paul. Contudo, apesar de sua importância em popularizar o instrumento, ele não foi o primeiro, com a dupla George Beauchamp, um músico, e Adolph Rickenbacker, um engenheiro eletricista criando a primeira guitarra elétrica de som amplificável (e comercialmente viável) em 1931, nos Estados Unidos, com a dupla fundando a Rickenbacker International Corporation, especializada em instrumentos elétricos.
A necessidade da guitarra elétrica surgiu porque muitos músicos achavam que o violão clássico era muito calmo e baixo para se sobressair em produções musicais em grupos, com outros instrumentos. De fato, as grandes bandas dos anos 20 priorizavam tanto o som e o ritmo dos instrumentos de percussão, que o violão se tornou um item secundário, produzindo melodias tão baixas (em relação à bateria) que nem mesmo os músicos do grupo podiam ouvir. Assim, a necessidade de uma inovação para o violão era óbvia e George Beauchamp, um dos integrantes da dupla criadora, já tocava guitarra acústica, sendo isso um fator chave para a invenção da guitarra elétrica.
Mas na década de 40, ao mesmo tempo que Les Paul popularizou lá fora o instrumento, os grandes músicos soteropolitanos, Dodô e Osmar, inventaram o Pau Elétrico, Cavaquinho Elétrico ou, como é mais conhecido, a Guitarra Baiana. Inspirados por uma apresentação que assistiram, com captadores instalados em um violão acústico, a dupla buscou criar um instrumento próprio, resolvendo alguns dos problemas que viram na apresentação, especialmente a microfonia.
Partindo do violão, do cavaquinho e do bandolim, conceberam um instrumento que pudesse ser amplificado em alto volume sem gerar microfonia, e posteriormente, adaptaram a aparelhagem de som em um Ford Fobica, apelido na época do Ford Modelo A 1929 transformando assim o carro em um palco ambulante, que desfilava pelas ruas onde passavam as agremiações carnavalescas locais.
Desse modo, Dodô e Osmar não apenas criaram sua própria guitarra elétrica, e ajudaram a difundir o instrumento na música brasileira, como ainda criaram o trio elétrico, marca registrada do Carnaval de Salvador e usado em várias outras festividades pelo Brasil afora.
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